(Texto originalmente publicado em 2006 no meu outro blog, que aparentemente virou email viral...)
Existe um segredo feminino que todos os homens gostariam de desvendar. Uma coisa que nenhuma mulher gosta de falar sobre, muito menos lembrar que existe. Serei honesta aqui: Todas as mulheres tem uma relação estranha com o ato de cagar (vou usar a palavra comum nesse caso, porque defecar é feio pra diabo). A mulher (típica) faz milhares de malabarismos para disfarçar o ato. Evita ao máximo, sofre de prisão de ventre, não consegue fazer em lugares públicos, nem na casa do namorado (que vergonha) , na casa da melhor amiga... Não importa, para uma mulher só é fácil cagar se ela estiver sozinha na casa dela e souber que ninguém vai se aproximar daquele banheiro dentro da próxima hora. Existe um nome científico para esse problema: Parurese ou paruresis.
Não sei porque fazemos isso com nossos intestinos, mas para uma garota, cagar é uma das coisas mais humilhantes que existem. Uma mocinha não acha divertido ou relaxante, não possuímos a filosofia "vou ler o jornal de domingo sentadão na privada até deixar marca do tampo na bunda". Mulher foge disso. Ela quer cagar e sumir, ou milagrosamente, fazer uma merda inodora, silenciosa e que ninguém no universo jamais note que ela cagou. Depois, quer sair do banheiro flutuando com pequenas borboletas aos seus pés, exalando o perfume da flor mais formosa.
O fato é que o ser humano caga. E isso fede. E também faz sons horríveis. Penso que a evolução já devia ter dado um jeito nisso, pelo menos para as fêmeas. Deixe as fêmeas sem caca. Liberte-nos disso! Por enquanto, passaremos nossos dias disfarçando o quanto pudermos, segurando os movimentos peristálticos até o limite, suando frio, ligando a torneira pra acobertar o barulho, jogando sabonete líquido dentro do vaso para desinfetar os ares, e jamais comentando "estou com uma caganeira absurda!".
Eu, por exemplo já saí do trabalho no meio do expediente, dando o falso o motivo de buscar algo em algum lugar, peguei meu carro e fui cagar em casa. Já passei mal na casa do namorado, a ponto de dizer "me leva pra casa, preciso buscar um negócio" só para usar meu banheirinho. Pelas ruas, pelos shoppings, é um eterno martírio. Eu sei que soa ridículo, me sinto ridícula às vezes, segurar merda não é legal. O pensamento "não cago e mantenho tudo aqui dentro" é mais porco ainda. Você é um armazém de fezes. Ugh.
Para se ter noção do tamanho do problema:
No Japão, você encontra nos banheiros femininos, dentro de cada cabine, um negócio parecido com um rádio. Se apertar, o troço vai fazer o som de uma descarga alta. Mas é só o som, a descarga não rola. Aí você se pergunta: "Mas que porra inútil é essa?". Explico: Lá, as mulheres tem tanta vergonha dos sons e do "cheirinho" do cocô, que elas dão cerca de 10 descargas enquanto cagam. Isso mesmo, a mulher fica apertando a descarga durante todo ato. 1, 2, 3, 4, 5 vezes, não importa, enquanto estiver ali, vai apertando o negócio e gastando 30000 litros de água. Aí os japas inventaram o dispositivo que simula o som de uma descarga. Assim as moças podem cagar em paz, discretamente ao som de um jorro avassalador de água no vaso. É meio idiota porque todo mundo sabe que você está cagando se a coisa fica "chuáaa, chuáaa, chuáaa" sem parar.
Uma vez vi uma matéria inteira sobre "como disfarçar a cagadinha na casa do namorado" em uma revista feminina. Várias dicas de como "distrair"e "disfarçar" o ato desagradável. Peça pra ele comprar alguma coisa na padaria, ou cague antes antes de tomar banho mantendo o chuveiro ligado para ele não ouvi, use bastante shampoo... Enfim, como eu disse, existe uma sequência de ações para esconder do mundo que nós cagamos.
É tão grave, ao ponto de eu ter ouvido de vários homens a pergunta "Mulher caga?" muitas vezes em minha vida. Pois é, a gente caga, mas não faz questão que o mundo saiba.
Só agora me toquei com o contador de visitas ali...
O Shoe-me ultrapassou 500 mil visitas!
Obrigada a todos os leitores (os fiéis e os de passagem) fiquei muito contente. Vou preparar um drink pra celebrar, inclusive dançarei pela sala ouvindo esta música fofa:
Atente o clipe com a diva-mor do Shoe-me a lindíssima Monroe e seu sorriso maravilhoso. Uma prova de que sorrir não pega mal jamais, e sim, é super sexy!
Beijos felizes a todos!
PS: A música chama-se Put On a Happy Face e é interpretada pela voz suave de Blossom Dearie.
Em 2002 eu estive na Itália. Fiquei um mês lá rodando entre cidades históricas, museus, igrejas... Passei por Veneza, Florença, Roma... Toda aquela história. Minha última parada foi em Milão. Minha viagem foi muito bacana, com a grana contada eu fiz pouquíssimas compras, mas com tanta coisa bacana pra ver e fazer, eu nem pensei muito no consumo.
Até o dia em que pisei em Milão. É uma cidade bem diferente do resto da Itália, a maneira como as pessoas se comportam, o ambiente. A Itália tem toda aquela carga histórica, as pessoas em geral são bem caricatas, sim elas falam alto, os homens são todos sem-vergonha, muita gente grossa e ninguém quase fala inglês. Mas Milão é diferente, é mais cosmopolita, mesmo com suas relíquias de tempos passados, ela é nova. Foi lá que eu resolvi por em prática meu plano de pobre.
Já que eu só tinha dinheiro para comer, pagar o hotel e entrada de museu, e estava cercada com todas aquelas lojas de roupas chiquérrimas, resolvi fazer a íntima com o luxo. Um belo dia coloquei o melhor modelón eu fui à belíssima (e cara!) Galleria Vittorio Emanuelle, tomei um café espresso de 16 reais (na época o euro era 2 reais) depois entrei nas lojas e comecei a provar sapatos. Eram sapatos de dois mil reais, preço mínimo, não podia comprá-los, mas a alegria de prová-los já era suficiente. As atendentes das lojas eram muito simpáticas, e o que tinha de japonesa levando mil sacolas não é mole. Entrei em uma loja da D&G, e fiquei abismada ao ver uma regatinha chinfra de algodão com um silk horrível por 200 euros. Aliás, a loja da D&G que eu fui parecia uma Colcci, era blusinha, casaquinho, vestidinho... Tudo "inho". Achei cafona.
Minha emoção foi entrar na Prada, tinha acabado de chegar a coleção primavera/verão. Provei um dos sapatos mais fofos do universo, e me despedi dele com um "adeus" doído de quem não dispunha de 1.800 euros para levá-lo. Apesar do miserê meu dia de "fake rich" valeu a pena, me diverti. Por muitas vezes me pego ainda hoje abrindo sites sobre Milão, vendo fotos dos lugares e das ruas que passei, só pra lembrar da experiência.
Essa é a Galleria Vittorio. E a loja da Prada onde provei o sapato fofo.
Em abril agora começa a o Salão do Móvel de Milão, muitos sites acompanham os acontecimentos e este site aqui, vai reportar todos os eventos envolvendo a cidade durante todo o Salão. Eu acho mais interessante do que a Semana de Moda de Milão, principalmente porque aparecem mais fotos da cidade, acontecimentos envolvendo arte e design, do que nas passarelas. Não que eu não goste dos desfiles (muito pelo contrário), mas a cidade em si, já é um espetáculo.
Ana Maria Braga, eu não sei bem o que se passa aqui, mas parece que alguém pegou sua cara, descolou do seu crânio depois pregou de volta com cola pritt:
Eu me sinto velha quando lembro da Tancinha, a personagem "gostosa e burra" da Claudia Raia em Sassaricando. Ela tinha um sotaque estranho, meio mistura da Mooca, bairro aqui de São Paulo.
E nessa foto, Raia encarnou a Tancinha de novo.
Adoro a cara de desespero "ma perdi meus sapatu Zé Pedro!"
Que quiser conhecer a Tancinha, é só jogar no youtube.
Ontem estava com a TV ligada e eis que ouço uma música. Olho para a tela e vejo que é a abertura da novela das seis da Globo, Desejo Proibido. Eu não assisto novelas mas estranhamente eu sabia cantar a música:
Eis que em meu pequeno ser, surge a lembrança da obra prima da teledramaturgia mundial!
Casal em perfeita sintonia é assim: se um sai chochado, o outro também:
Daniele Winits ficou com medo de molhar o vestido e se enrolou em um saco de lixo. Só que ao chegar ao casamento, esqueceu de rasgar a cobertura e ficou circulando com o plástico enrolado no corpo. Eu não sei quanto a vocês, mas eu acharia estranho se meu homem tivesse mais cuidado ao pentear o cabelo do que eu. Enquanto o rapaz está com 600 camadas de vaselina no cocoruto, Daniele preferiu fazer o penteado mais chato de todos os tempos: repartir o cabelo no meio e deixar cair. Mesmo com a raiz berrando "socorro". E mais um toque: terno com sapatênis "hurts my eye". Casal em sintonia, realmente.
Uma marca de sandálias pegou a Grazi Massafera e fez isso na campanha:
A idéia é homenagear a "diversidade" da mulher brasileira. Questão: Porque não pegar uma índia de verdade e uma negra de verdade para fazer as fotos?
Sim, porque uma mulher assim, "pintada" de "nêga maluca" é de um mau-gosto sem fronteiras raciais que eu vou te contar. Sem contar os "painéis" pintados atrás imitando samambaias horrorosas. Nem me venham com pesquisa de marketing de público-alvo pra justificar essa baboseira que eu não engulo.
Me lembra uma coisa muito feia que faziam no mundo até meados do século XX... Uma coisa chamada Black Face.
O Black Face é um "personagem" de teatro estilo burlesco, com shows de dança e música. Ele existia porque negros não eram aceitos nas companhias de entretenimento, então para representar uma pessoa negra, um ator branco pintava o rosto com graxa, colocava uma peruca esculhambada e aumentava o tamanho dos lábios com batom vermelho.
Todo o lance do Black Face ficou marcado para os negros como um símbolo do preconceito e estereótipo forçado. No Brasil o ator Sérgio Cardoso interpretou um negro na novela A Cabana do Pai Tomás em 1969. Sérgio Cardoso era branco. Ele era pintado então, para ficar com a pele escura. Claramente preconceito racial da época.
A campanha nova da Arezzo está com a lindíssima Thaís Araújo como garota-propaganda. A nova campanha da Melissa também tem uma bela menina negra anunciando seus sapatos.
Tem publicitário que precisa aprender a ter simancol, tá ultrapassando os limites do absurdo. E aprender a ter um pouquinho mais de cultura também. Preconceito velado em gente pintada com pancake marrom é coisa antiga demais.
Este fim de semana passado fui com meu namorado (pobrezinho...) ver as novidades nas lojas de sapatos. As coleções outono-inverno já estão nas prateleiras e eu, amante de sapatos, tive que me jogar. Enquanto meu namorado chorava escondido (maldade pura levar homem em loja de sapatos) eu vi várias botálias, de cores tipos e formas. Mostrei por meu namorado que pasmo disse "que m*** é essa? É um sapato?". Para meu deleite os homens, apesar de odiarem, são ótimas companhias nas compras, pela sinceridade. Eu disse pra ele que chamava de botália, ou sandota e que eu também achava feio, mas o povo da moda recomenda...
Fiz uma breve pesquisa com meus amigos (hetéros) e todos acharam a botália horrível. Então, por mais que editoriais de moda e povo "antenado" me choche guela abaixo, a sandota nunca será minha tendência.
Bom, agora vou falar de uma tendência que recomendo e que também já está nas lojas: As maravilhosas Mary Janes! Elas voltam com tudo neste inverno e ficam lindas com vestidos, calças, saias...
Tiras duplas e verniz da Dolce Vita
Modelo Rio-8, Também da marca Dolce Vita
O modelo é bem parecido com aquela sapatilha de colegial com uma tira em cima, bico geralmente redondo e textura de verniz. Mas a idéia é variar nas cores, texturas, alturas e saltos, e inclusive as sapatilhas para o dia-a-dia. Tem até peep toe!
Esses são Louboutins...
Com meia-calça fio 40 ou de lã, ficam lindas e femininas. É uma tendência que eu aprovo e recomendo para o outono inverno.
Modelo bicolor da marca Jones The Bootmaker
E que as sandotas (ou botálias) fiquem longe de mim!
Atualização: estes modelos que coloquei são da estação passada, já que as marcas não são revendidas no Brasil e aqui as estações são diferentes... Em sites internacionais ainda dá pra encontrar alguns deles à venda. Desculpe não postar nada brasileiro, ainda não encontrei! Assim que encontrar um fofo mostro aqui pra vocês! Beijos a todas as loucas por sapatos!
A Amy Winehose está com uma doença de pele chamada impetigo, que cria bolhas e feridas na cútisss, de onde mina pus.
Feio? E lá tem doença bonita gente?
Torçamos para que as perebas da Amy sumam rapidamente, porque se há algo pior do que ser drogada e desequilibrada, é ser drogada, desequilibrada e perebenta. Se eu fosse ela, não sairia na rua à mercê de fotógrafos, que em muito ajudam este e mais trocentos sites e blogs de notícia, a terem enfim, notícias.
Estou amando e quero compartilhar. Meu irmão apareceu em casa dizendo "ouve isso, vê se gosta", e lá fui eu, ficar viciada...
The Ditty Bops, uma dupla fofa de meninas, que faz músicas doces misturando uma pegadinha bem New Orleans, bluegrass folk, com banjo e os vocais levinhos bem ritmados e ... Ah, eu amei.
O clipe é a da música Wishful Thinking. Delicinha mesmo. Recomendado!
Primeiramente quero pedir desculpas pela falta de posts. O que acontece meus amores é que a Net Virtua na minha região está caindo o dia todo. E como além de escrever aqui eu tenho outros afazeres, ficou uma caca geral.
Mas vamos esquecer isso, vamos ao que interessa. A chochação:
Assim, toda vez que eu abro um editorial de fotos no EGO é aquela surpresa. Nada consegue ser pior. Talvez a capa da revista "Ana Maria". Mas o que me cabe é: onde está a direção de foto? Cadê a produção? Onde foi parar meu copo de vodka? Enfim, são questionamentos que pulam feito coelho no cio. assim que vejo este tipo de coisa. Cicarelli, a moça que deu barraco no casamento e do escândalo do Youtube (estigmas meu bem) surgiu no ensaio do EGO com uma séria disfunção postural. Vamos conferir, do ponto de vista do fotógrafo...
"Oi Dani. Vai vai uma pose pra mim. Olha câmera amor!"
"Isso, lindo, arrasa o cabelón, adoro!"
"Arrã, assim, assim. Sorriso lindo! A mão no cabelo..." "Dani, minha Deusa, isso, mostra as coxas... Mas dá pra tipo, fazer outra coisa com a mão?" "Daniii, duas em sequência? Ô meu doce, tira a mão do cabelo, vamos lá, você consegue!"
"Cicarelli: Tira essa mão do cabelo gatha. Faz outra coisa com as mãos. Por favor, criatividade mô bein!" "Filha, eu tô cansado. Vai, mexe essa mão, coloca na buc***, mas TIRA A MÃO DO CABELO!"
"CHE-GA. Algém me traz meu Lexotan e um copo de vodka. Chega dessa palhaçada. Essa mulher só fica com a mão no cabelo. Nunca vi isso na vida. Desisto. Chama o táxi, vamos embora daqui."
Sério, alguém precisa aprender a dirigir uma foto ou ensinar a Cica que mexer no cabelo não é tão sexy assim assim depois de 5600 fotos.
Achei a tipografia ( a letra) uma coisa horrorosa. Tá muito powerpoint de oitava série. Esperava mais. Depois da capa de Confessions, honestly, ficou chinfrim.
Ensaio da mulher melancia é feito na favela para que o pessoal de classe média possa ter um gostinho de como é a vida suburbana e fantasiar com as piriguetys do baile funk em seu estado natural.
De acordo com o jornal O Dia: "No ensaio, Andressa foi clicada lavando calcinhas num tanque, deitada na laje pegando sol e chegou a posar com um mico que vive na comunidade."
Edson Aran, o diretor-chefe da revista no Brasil é puta escritor que eu adoro e me mato de rir lendo seus livros (indico pessoalmente o "Imbecilismo"), parece ter feito uma piada com a situação. Só pode ser piada.
Tudo bem que o nome da pessoa é "melancia" mas foto de uma mulher lavando calcinha no tanque com uma bunda de 121 cm é de muito mau-gosto. Como disse a Dri do blog "historinha" em um post recentemente, foi se o tempo que Playboy tinha mais classe.
O fato é que fantasia de encoxar mulher no tanque é muito, muito ridícula. Digno daquelas revistinhas vagabundas de 2 reais que vendem na banca e ainda vem com dvd de filme pornô. Pensando melhor, é o que os admiradores da mulher-melancia esperam dela: uma gostosa favelada subserviente.
Eliana Dedinhos está a um dedo de cair em desgraça...
Essa personificação de Juma Marruá/ratazana no cio será a próxima atração na novela mutante da Record. Eliana será uma "Mulher pantera". Tá bunita a montação, efeitos especiais dignos, interpretação nota 10.
Outro dia eu e meu amado irmão estávamos na sala assistindo Caminhos do Coração. Enquanto eu ria que me matava, ele tentava me matar.
"Sarah, tem graça por 5 minutos. Depois disso começa a dar gases..."
Realmente, faz mal para os intestinos.
PS: A dica do post foi da leitora gatha Maria Eduarda. Obrigada fia!
A-d-o-r-o site de moda lixão. Me divirto com as "confecção de qualidade" perdidas pela net!
Como hoje que ao encontrar este site, engasguei e cuspi café no monitor:
"De Paris para sua vitrine". Muito sofisticado. Em Paris, viscolycra é o último grito. Tem Torre Eiffel e tudo! E como estamos na cidade-luz, o catálogo foi todo feito na Champs Elyseé...
Ou melhor, na área de churrasco do condomínio Campos Elíseos:
"Cleyson, passa a latinha de cerveja? Solta o som Djidjéi!"
"Gentem, a costela no bafo tá quase pronta! Fia, pega o vinagrethi!" (os cabelos enrolados na brusa é muito chic)
"Vou fotografar o pessoal se esbaldando no videokê! Manda aquela do Molejão!" (e a mãozinha no bolso, descompromissada...)
"Vou ali no banheiro passar fio dental pra tirar as carne dos denthi e já volto!"
Pra curtir churrasco com o pessoal do prédio, tem que estar montada.
PS: Escondi o nome da "confecção" porque não quero ofender diretamente o trabalho das pessoas envolvidas no processo criativo e conceitual da marca.
Este post é especialmente de uma diva do Shoe-me. Ela sozinha merece.
Cresci ouvindo Kate Bush, era uma das coisas que mamãe mais gostava. Eu gostava porque achava que Kate parecia minha mãe. E Kate tem essa voz fina, mas suave, eu pessoalmente acho divina. Fui ver clipes da Kate depois de crescida e não tinha a mínima idéia de que ela, tirando a voz, é péssima de interpretação. Mas convenhamos, cantores dificilmente são bons atores e vice e versa. Nos clipes Kate arregala os olhos demais, mexe os braços demais, faz as bocas mais estranhas do mundo. Mas tudo isso é perdoável porque dentro de inovação no mundo da música, Kate é rainha. Nunca seguiu a indústria nem modismos, fazia o que tinha vontade e isso lhe rendeu bons fracassos de venda e boas críticas de quem entendia o que ela fazia.
Não importa, ela é uma das mulheres mais sensacionais da música porque compõe letras deliciosamente femininas e tocantes. Adoro Kate e seus enormes olhos verdes, seus figurinos bizarros e suas canções. Quem não está familiarizado com o trabalho dela, recomendo conhecer.
Uma de minhas músicas favoritas (que rendeu muitas dancinhas pela sala enquanto minha mãe trabalhava) foi Babooshka:
Na letra, Kate conta a história de uma mulher que quis desafiar a fidelidade do marido e começou a escrever cartas de amor secretas. Ele, sem saber que era a própria esposa, se apaixonou por ela, novamente. Sensacional.
A roupa que ela usa no clipe, essa da guerreira, é inspirada nesta ilustração de Chris Achilleos, um grande ilustrador inglês que eu também adoro:
Páscoa não é minha festividade favorita. Algumas pessoas podem estranhar e inclusive achar que eu não sou um ser humano, e sim algo criado em um tubo de ensaio no laboratório da Monsanto: admito que não gosto de chocolate. Na verdade não gosto muito de doces.
Mas a questão do post não é isso. É lembrar que a Páscoa, a data mais doce do ano, não é feita só de toneladas de cacau nem de matérias clichê na TV de como "se faz um ovo de chocolate" e todo mundo batendo a cabeça em ovo naquelas lojas com o teto forrado de embalagens brilhantes.
São os malditos artesanatos. Nada contra a arte de fazer algo em casa com cola quente, biscuit ou papel alumínio. Creio que existe muita gente talentosa que faz artesanato. O fato é que invariavelmente o artesanato tosco invade nossas vidas também neste período. Certa vez minha ex-sogra me presenteou com um coelho de pelúcia horrendo e deformado. O bicho vesgo segurava um ovo de chocolate hidrogenado (aquele que você mastiga, cola no céu da boca e só sai bochechando com querosene). Agradeci e depois de 5 taças de vinho tive a impressão que aquele pequeno animal repleto de cola quente no focinho se transformaria no coelho assassino do Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado. Sim, ele viria direto pra minha jugular. Joguei o coelho pela janela e o cachorro da vizinha se esbaldou.
Para exemplificar, são estas propostas de artesanato que me incomodam:
Quer dizer que uma coelhinha cheia de metanfetamina na cabeça é supostamente bonitinha? Uma coelha drogada segurando uma cenoura libidinosamente próxima à sua genitália é uma coisa meiga?
A garrafa PET é uma maldição moderna. Se não está por aí poluindo o planeta, é utilizada para fazer as peças mais cagadas de artesanato do universo. Isso é pra ser bonito? Uma garrafa cortada e amassada cheia de bombons é um bom presente? Uma caixa de sapato forrada com anúncios de carros usados é mais atraente que este "pote ecologicamente correto". Detalhe para a tampa: "se eu colar um pedaço de cartolina nem vai aparecer a marca da Schin Cola....". Me poupem.
E aí está. A pessoa sabe desenhar um círculo e acredita que pode fazer uma pintura bonita, com sombras, texturas e profundidade. Dava para a cabeça deste coelho ser um pouco mais torta? A pessoa pintou um pedaço da cabeça e esqueceu que do outro lado tinha mais uma orelha "ah se eu puxar mais um pedaço ninguém nota" e lá vai. E o coelho parece ter crescido em meio aos resquícios de um acidente atômico. Nunca vi um coelho sentado assim, muito menos um coelho com dedos "deprimidos" nos pés. Aquilo atrás dele me deixa em dúvida: seria o rabo do animal ou o coelho de Chernobyl está botando um ovo de espuma? Nem comento o que este troço marrom "escorrendo" da tampa da caixa me faz lembrar, mas tem a ver com algo que bebês deixam em suas fraldas.
Ainda na noite de gala do "Rock&Roll Hall of Fame", Justin Timberlake fez uma piadinha para o público:
"O mundo está cheio de Madonna wannabe e eu inclusive namorei algumas"
HAHAHAH Justin é melhor que o Agildo Ribeiro. Sério Justin, fazer piada da Britneida não é tão difícil, todo mundo faz o dia todo.
Agora, voltando ao assunto da senilidade, adoro fato do Iggy Pop surgir sem camisa em qualquer lugar. É tipo uniforme de trabalho. Tanto que quando ele chega em casa, veste um suéter com gola alta, só pra relaxar.
Quando meu avô começou a ficar senil ele esquecia bitucas de cigarro acesas na borda das mesas, quase incendiando o escritório incontáveis vezes. Ele esquecia meu nome também, e para não ficar feio, começou a chamar todas as netas de "negrinhas". "E aí minha negrinha vem falar oi pro vô!"? Com um super sotaque italiano.
Esquecer é uma coisa de velho. Normal, os neurônios queimam.
Por isso a minha deeeva eterna Madonna, que está ficando senil e esquecida foi assim receber seu prêmio do Hall da Fama do Rock:
Esqueceu de colocar as calças.
Tomara que quando eu chegar aos cinquenta anos, possa esquecer de colocar minhas calças, sair pra rua e as pessoas olhem e pensem "nossa, ela deve ter sido uma pop star" ao invés de chamarem a ambulância e me levarem para uma casa de repouso.
com um rádio. Se apertar, o troço vai fazer o som de uma descarga alta. Mas é só o som, a descarga não rola. Aí você se pergunta: "Mas que porra inútil é essa?". Explico: Lá, as mulheres tem tanta vergonha dos sons e do "cheirinho" do cocô, que elas dão cerca de 10 descargas enquanto cagam. Isso mesmo, a mulher fica apertando a descarga durante todo ato. 1, 2, 3, 4, 5 vezes, não importa, enquanto estiver ali, vai apertando o negócio e gastando 30000 litros de água. Aí os japas inventaram o dispositivo que simula o som de uma descarga. Assim as moças podem cagar em paz, discretamente ao som de um jorro avassalador de água no vaso. É meio idiota porque todo mundo sabe que você está cagando se a coisa fica "chuáaa, chuáaa, chuáaa" sem parar.
