terça-feira, agosto 05, 2008

Galeria Tosquista

A pedidos, abro mais uma vez aqui no Shoe-me as portas da fabulosa Galeria de Arte Tosquista. O sucesso foi tanto que muitas obras nem chegavam ao Mercado Livre e já eram compradas em lances absurdos de R$3,00 a R$ 8,00. Apesar de tudo, eu, como marchand de arte do movimento tosquista, mantenho sempre a missão de buscar o que há de melhor no mundo das belas artes. A humanidade tem o direito de conhecer estas obras antes que algum colecionador as compre e esconda para sempre embaixo da cama.


Título: Trípede
Técnica: Terra batida sobre compensado
Esse homem é complacente com o defeito físico de sua amiga. Em um momento acolhedor, ele sussurra em seu ouvido "não me importo que você tenha três pernas". Quem se importaria? O artista abre essa discussão e não há como discordar: pessoas com três pernas ainda possuem um coração. Ou dois. Tanto faz.

Título: Balé na granja
Técnica: Clara de ovo batida com colorau
Um ovo que nunca se tornará galinha e sonha em entrar para o Ballet Bolshoi. Essa é a história por trás deste quadro. Milagrosamente o ovo criou pernas, braços e pés. Todos os membros são deformados, mas não podemos esperar muito de um ovo com pernas. O ovo não tem rosto, mas tem cabelos, obviamente pintados em sua casca. O ovo também não tem olhos, mas aí reside a beleza da obra: Ele não sabe que veio antes - o ovo bailarino ou a galinha mutante?

Título: República universitária alienígena
Técnica: Tinta fluorescente sob luz negra
Alienígenas universitários com 4 metros de altura observam a imundície que restou na mesa de jantar depois da festa de ontem. Entre copos cheios de catuaba e pedaços de salsicha, sentem uma fome tremenda. "Quem vai limpar essa merda?" diz o alien estudante de filosofia ao centro da mesa. Não há resposta. Todos estão com uma ressaca absurda, enrolados em toalhas e lençóis, procurando por um copo limpo pra beber água. Em primeiro plano, Zylandor, a massa verde disforme, intercambiário do planeta Ghogha, se refastela com o que restou de erva no gigantesco bong laranja.

Título: Do outro lado da linha
Técnica: giz de cera derretido
"Alô? É do adevogadu do senhor Waldisney? Fala pá ele que eu existo. Fala pá ele que a lei do copiwáit pode í pas cucuia. Fala pá ele que a obra dele acabou assim ó, qui nem eu. Eu sou a Mínie. A Mínie!"

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