sexta-feira, agosto 22, 2008

Grau de fofura - limite

Okay, tenho 27 anos. Eu sei, estou beirando os trinta mas existe um quê de menina em mim. Acho que isso é saudável e normal. Basta olhar minha mesa de trabalho, minha bolsa, meu quarto e até meu laptop. Não tenho bonecas nem ursos, mas tenho coisinhas fofas, cutes e tudo mais. Compro penduricalhos para celular, pra carteira e pra bolsa. Faço isso desde adolescente e não perdi o hábito. Creio que a vida merece uma dose de "cuteness" todos os dias. Faz bem olhar filhotes de gato, cachorros de nariz molhado e ovelhas de pelúcia.

Mas tem um limite. Meiguice pode virar idiotice em um piscar de olhos. Dirijo este post a mulheres e homens com mais de 18 anos que insistem em manter hábitos exagaredamente infantilizados.

Hábitos como se vestir de gatinha ou coelhinho.

O sonho dela é ser fofa e peludinha. Cuidado quando entrar no cio, depois aparece em casa prenha.

Oh sim, as orelhas são vendidas em pares, livres de pulgas e carrapatos. O mau-gosto continua impregnado na pelúcia.


Se você encontrasse essas pessoas na noite? Vestidas de mamíferos peludinhos? Eu jogava um jornal no chão e dizia "ó, seu banheiro é aqui. Sem fazer caca! Senão vai apanhar".

O que este homem come além de cenouras e couve? Ninguém.

Essa moça lambe suas patas como qualquer gato normal. Ela provavelmente também urina na areia e mata passarinhos.

Coelhos ninjas seguram cenouras pontudas. É um assalto? Não, eles vão roer os móveis e depois defecar pela sala. Melhor manter na gaiola, e se eu fosse você, castrava. É adequado que não se reproduzam.

Porém...

Porém respeitemos quem faz isso pra viver. Não por escolha, mas por desespero.
Dentro dessas fantasias malfeitas, pessoas choram. Ganham 6 reais por hora de trabalho no Buffet Aligria. E tomam chutes, muitos chutes.


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