sexta-feira, setembro 29, 2006

The Horror, The Horror

Existe algo que eu realmente não consigo entender: Por quê certas coisas horríveis caem na graça do povo, que ao invés de questionar a validade estética, simplesmente fecham os olhos e falam " ah, tá na moda, tô usando".

Mesmo que seja uma bolsa de couro dourado com capacidade 100 litros com alças de corrente.
Mesmo que sejam as calças do MC Hammer.
Mesmo que seja uma camiseta NO Stress.
Mesmo que seja um bolerinho de renda.

Mas existem momentos em que a apelação vai além da imaginação. As pessoas inventam uma coisa horrorosa e se acham modernas. Féxion. Ráipe. E nós, as pessoas com o mínimo bom senso, ficamos olhando para o troço e pensando "Como?".

Nada amiguinhos, nada justifica a existência disso no universo:


Como me inventam uma coisa assim? Parece uma peça do figurino do Frankstein. 6 toneladas de borracha para fazer essa plataforma rrredícula. Quantos seringueiros suaram para fazer esta "vomitosidade"?

Qualquer menina que coloca ESTA BOTINA fica parecendo um pato reumático quando anda.
Outro dia, eu lá no ônibus, calor insuportável, aquele bodum de gente suada. Eu, nestes dias quentes, prefiro colocar uma saia, uma sapatilha baixa e partir pelas ruas linda e leve.

Mas as meninas deste país tropical ainda não conseguiram entender que estamos em um trópico quente. Lá estava a moçoila com uma calça "stréxi", uma blusinha verde-água de corte duvidoso e essa "balsa lunar". Imagina o conforto.

Cadê o amor próprio?

Na verdade: Cadê o espelho?

quinta-feira, setembro 28, 2006

Shoe Me!

No momento em que nasci, olhei o pé da enfermeira quando me viraram de ponta cabeça e pensei "Mon Dieu que mocassim branco é esse?" e depois dei meu primeiro choro.

Foi assim que eu me apaixonei por sapatos. Desde pequena eu enfiava sapatos nos pés de coisas que não usam sapatos. Meu urso de pelúcia favorito era uma ursa, que chamava Persimmon (caquí em inglês) e usava pequenos coturnos brancos, com cadarço. Minha Barbies tinham mais sapatos do que roupas. Eu adorava tirar e por os sapatos em cada boneca minha.


Eu era capaz de chorar de dor porque meu pé doía, aos 5 anos de idade, usando aquele sapato boneca de verniz preto no casamento, mas nunca tirava. Nunca. Perder o salto é perder a pose.

E eu fui crescendo, olhando os pés dos outros, vidrada em vitrines de sapatos, lendo sobre sapatos, comprando sapatos, gastando tempo e dinheiro com isso. Mas não me arrependo nunca. Sapatos são coisas tão importantes quanto o cabelo. Eles sustentam seu caminhar, e cá entre nós mulheres, é a futilidade mais gostosa de todas.


Por isso resolvi criar este blog. Para falar deles, da força que move minhas perninhas para frente, dos saltos maravilhosos que sustentam minha personalidade, das cores e texturas que me fazem sorrir. Declaro aqui minha paixão incontrolável por sapatos.


Não vou falar só de sapatos, vou falar de coisas de mulherzinha. Porque no meu blog oficial eu direciono para coisas que eu penso do mundo. Aqui talvez possa mostrar um outro lado. E que eu tenho bem forte em mim. A futilidade saudável.
Vamos começar apresentando um lindíssimo sapato criado e feito à mão, da loja Gina , de Londres:

O modelo se chama "Salsa" e é feito de tecido laminado, com efeito glitter. Lindo para chacoalhar seu traseirinho fofo na pista, o bico redondo é superconfortável. Remete aos embalos "disco", muito brilho e glamour. Me vejo na fila do Studio54, usando um vestido-chemise de jersey púrpura e estes sapatos fabulosos. Freak out!Não é à toa que Madonna usou seu par "boogie woogie" na capa de seu último álbum (Confessions on the dance floor), usou também no clip de "Hung Up" e usa em suas apresentações pelo mundo:


Se Madge aprova, eu aprovo.

Bisuis.